Aqui, entre pequenas estrelas e grandes vazios, os meus pensamentos flutuam como penas nas asas dos ventos que sopram de sul.
Deixo-me ficar, escutando, cada palavra não pronúnciada, cada letra não escrita, procurando tão somente, perceber para onde querem ir,
e onde querem levar-me. Só, nesta travessia sem gente onde a multidão se comprime, num espaço vazio, procuro encontrar-me dentro deste nada que sou.
Seifado, como o trigo, deixo-me cair, sobre o manto das estrelas que a noite escura e fria, estende sobre mim, sentindo-me perdido pelos espaço infinito num abraço universal que me faz esquecer as origens e me leva para lá de todos os limites, no silêncio da noite.
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